Mais uma vez temos a explícita demonstração que começamos a educação sexual dos nossos jovens tarde demais. Já não bastasse os índices altíssimos de gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, promiscuidade sexual e precocidade sexual, todas revestidas de completa desorientação e falta do mínimo de conhecimento sobre sexualidade.Ou seja, nossos jovens estão completamente perdidos, inseridos em um universo onde a sensualidade utilizada vulgarmente vem explodindo qualquer alicerce de uma base sexual bem montada.
Um grupo de pesquisadores pernambucanos realizaram um estudo muito bem estruturado, utilizando um questionário validado, investigaram entre 4210 adolescentes da rede pública de Pernambuco conhecimento sobre o uso de contraceptivo de emergência. Pasmem, a maioria relatou ter utilizado o método, no entanto apenas cerca de 22,1% o fizeram de forma correta.
E tem mais, as moças tem mais chance de conhecer o método e os alunos do interior têm 68% menos chance de conhecer o método que os alunos da capital.
Não vamos entrar na discussão filosófica, religiosa ou científica dos métodos contraceptivos. Mas sim reconhecer que quando falamos em qualquer aspecto relacionado aos prejuízos decorrentes de atividade sexual de forma errônea ou prejudicial, nossos jovens ocupam uma posição de completa ausência de proteção e orientação.
Enquanto continuarmos com a blindagem da sexualidade no ensino fundamental e médio, teremos adolescentes atolados nos índices negativos dos agravos relacionados à sexualidade.
O pior é que pais impõem essa barreira na orientação sexual, mas expõem seus filhos aos apelos divergentes que existem nos meios de comunicação mais acessíveis às nossas crianças e adolescentes.
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